Segunda Coríntios

Quem escreveu o livro?

Paulo escreveu 2 Coríntios em um momento vulnerável de sua vida. Ele ouvira que a igreja de Corinto estava em dificuldades e procurou tomar medidas para preservar a unidade do corpo local de crentes. A carta está repleta de comentários pessoais, como os detalhes reveladores sobre as perseguições que Paulo sofreu por amor de Cristo, bem como um espinho misterioso na carne que o manteve dependente de Deus.

Qual o contexto?

Depois de ter enviado Timóteo de Éfeso para entregar a carta de 1 Coríntios, Paulo, em sua preocupação com a igreja, fez uma rápida visita ele próprio a Corinto. Depois disso, Paulo voltou ao seu trabalho em Éfeso, onde escreveu uma carta triste para os coríntios que não foi preservada (veja 2 Coríntios 2:1-11; 7:8). Paulo, então, partiu para Macedônia. Lá ele recebeu um bom relatório de Tito a respeito dos coríntios (7:13), o que levou Paulo a escrever uma quarta carta a eles, intitulada “2 Coríntios” na Bíblia. (Veja a página de 1 Coríntios para saber mais sobre as duas primeiras cartas de Paulo aos coríntios.) O apóstolo compôs esta carta perto do final de 56 d.C., possivelmente na cidade de Filipos.

Por que esse livro é tão importante?

Esta carta oferece muita compreensão sobre a vida de Paulo, que não está presente em nenhum outro livro do Novo Testamento. No entanto, nos capítulos 8 e 9, a carta também revela claramente o plano de Deus para o Seu povo de doar aos outros. Paulo primeiro focou no exemplo generoso das igrejas da Macedônia, que eram gentios na maioria, e que doaram aos seus irmãos cristãos judeus em Jerusalém. Em seguida, ele exortou os crentes de Corinto a fazerem doações deles próprios para a obra em Jerusalém. Várias realidades sobre a contribuição cristã ficaram claras nestes dois capítulos: os cristãos contribuem generosamente de acordo com suas capacidades financeiras e às vezes além disso; os cristãos dão o seu dinheiro além das fronteiras raciais e nacionais; os cristãos que assumem compromissos de dar devem persistir com aquelas promessas; e os cristãos devem dar com alegria, e não sob coação.

Qual é a ideia principal?

A igreja de Corinto estava recentemente se debatendo com divisões e brigas. Mas, para a maioria dos crentes, o problema fora resolvido na ocasião que Paulo escreveu 2 Coríntios. Muitos haviam se arrependido de seus hábitos pecaminosos e voltaram à unidade uns com os outros e com a liderança de Paulo.

No entanto, Paulo ainda sentia a necessidade de articular uma defesa de seu apostolado e de sua mensagem. Algumas pessoas na igreja haviam aparentemente encarado a mansidão dele entre eles como se fosse um sinal de fraqueza moral ou falta de autoridade (2 Coríntios 10:1-2). Essas acusações levaram Paulo a se defender, argumentando que ele estava no mesmo nível de importância que os outros apóstolos, que ele tinha um profundo conhecimento da fé cristã, que ele havia sofrido punições físicas severas em nome de Cristo e que ele recebera visões e revelações de Deus (11:1-12: 13).

Como colocar em prática?

Assim como Paulo escreveu aos coríntios após seu arrependimento de divisões e brigas, a mensagem para hoje é clara: viver em união nos obriga a perdoar uns aos outros com humildade e seguir nossos líderes. 2 Coríntios nos lembra que, mesmo como cristãos, nós machucamos uns aos outros e precisamos perdoar aqueles que nos fizeram mal (2 Coríntios 2:7). Ela ainda nos lembra que Paulo estava disposto a exortar os crentes de Corinto a perdoar aqueles que haviam caído e se arrependido, assim como ele defendeu o seu próprio apostolado contra a oposição clamorosa, e isso ilustra o compromisso do apóstolo com este estilo de vida entre o povo de Deus.

De que forma você se esforça para perdoar os outros e/ou seguir seus líderes piedosos? Um senso exagerado de nós mesmos muitas vezes nos leva a resolvermos tudo sozinhos ou nos apegarmos a frustração e raiva em relação às escolhas dos outros. No entanto, assim como Paulo nos lembrou o ministério da reconciliação (5:17-19) de Jesus, devemos procurar reconciliar as relações onde a desunião impera. Tome cuidado com a armadilha de desunião com os líderes e outros crentes em sua própria vida, enquanto se esforça para viver com todas as pessoas na humildade.

Artigos

Como reconhecer uma igreja saudável

Você está procurando uma igreja? Basta qualquer igreja? Ou uma que seja verdadeiramente saudável? Talvez você tenha se mudado e não esteja familiarizado com a área. Ou você pode ser um cristão novo à procura de um lugar de culto. Ou talvez, ao invés de procurar uma nova igreja, você queira aprender a respirar uma […]

Continuar Lendo

Deus realmente está no controle?

Alguma vez você já se perguntou: “Será que Deus realmente tem as coisas em Suas mãos, ou talvez a minha vida esteja escorregando para fora do controle?” Eu já. Aceitei Cristo aos 18 anos, logo concluí que se eu simplesmente fizesse coisas certas o suficiente, a minha vida cristã seria uma subida constante em direção […]

Continuar Lendo

Estranhamente coberto, silenciomente entregue

Desde a primeira comemoração do Natal, acho que uma palavra caiu na boca de todos mais do que qualquer outra. Não é a palavra alegria, ou cantata, ou árvore, ou comida. É a palavra presente. Os presentes estão tão inseparavelmente ligados e entrelaçados com o Natal que dificilmente podemos pensar em um sem o outro. […]

Continuar Lendo

Generosidade alegre

Os pensamentos se desembaraçam… quando os falamos e os escrevemos. Há mais de 30 anos que aprendi esse ditado, e quase todas vezes que o coloquei em teste, funcionou! Sempre que eu tenho dificuldade de entender o complicado ou esclarecer o complexo, eu falo isso em voz alta ou o coloco em escrito. Isso é especialmente útil […]

Continuar Lendo

Humildade tem memória seletiva

“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás” (Filipenses 3:13) é uma afirmação que nos assegura que Paulo não era do tipo de viver no passado. Ele diz que, na verdade, “eu desconsidero minhas próprias realizações, bem como ofensas dos outros contra mim. Eu me recuso a me afligir sobre isso”. Isso requer humildade, especialmente quando você […]

Continuar Lendo

O Dia do Juízo

O “Livro da Vida” é um conceito do Novo Testamento que tem raízes profundas no Antigo Testamento (Êxodo 32:32-33; Daniel 12:12; Malaquias 3:16). Os crentes durante os tempos do Antigo Testamento eram salvos pela graça, mediante a fé, enquanto honravam a antiga aliança. Quando Jesus começou a nova aliança disse aos discípulos: “Alegrai-vos antes por […]

Continuar Lendo