“Esquecendo-me das coisas que ficaram para trás” (Filipenses 3:13) é uma afirmação que nos assegura que Paulo não era do tipo de viver no passado. Ele diz que, na verdade, “eu desconsidero minhas próprias realizações, bem como ofensas dos outros contra mim. Eu me recuso a me afligir sobre isso”. Isso requer humildade, especialmente quando você examinar o passado de Paulo. Basta ouvir:
Cinco vezes recebi dos judeus trinta e nove açoites. Três vezes fui golpeado com varas, uma vez apedrejado, três vezes sofri naufrágio, passei uma noite e um dia exposto à fúria do mar. Estive continuamente viajando de uma parte a outra, enfrentei perigos nos rios, perigos de assaltantes, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios; perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, e perigos dos falsos irmãos. Trabalhei arduamente; muitas vezes fiquei sem dormir, passei fome e sede, e muitas vezes fiquei em jejum; suportei frio e nudez. (2 Coríntios 11: 24-27)
Pense em todas as pessoas que Paulo poderia ter incluído em sua lista de ódio. Mas ele não tinha essa lista. Com humildade, ele esqueceu o que estava atrás dele. Ele intencionalmente ignorou todas essas injustiças contra ele.
O melhor exemplo que posso pensar é um homem notável, chamado José, no livro de Gênesis. Rejeitado e odiado pelos seus irmãos, vendido a um grupo de viajantes em uma caravana com destino ao Egito, vendido novamente como um escravo comum no mercado egípcio, falsamente acusado pela esposa de seu chefe, esquecido em um calabouço e considerado morto por seu próprio pai, esse homem foi finalmente promovido a uma posição de grande autoridade logo abaixo do faraó. Se havia alguém com razão para cuidar de suas feridas e desprezar seu passado, José era o homem!
Mas a parte incrível da história é essa: Ele se recusou a se lembrar das ofensas. Na verdade, quando ele e sua esposa tiveram seu primeiro filho, ele chamou o menino de Manassés, um nome hebraico que significava “esquecer”. Ele explica a razão pela qual ele escolheu o nome:
Ao primeiro, José deu o nome de Manassés, dizendo: “Deus me fez esquecer todo o meu sofrimento e toda a casa de meu pai”. (Gênesis 41:51)
Suas palavras incluem um ponto extremamente importante. Para podermos esquecer os erros cometidos contra nós, Deus tem que apagar.
Isaías, o profeta de Judá, coloca nos seguintes termos:
“Não tenha medo; você não sofrerá vergonha.
Não tema o constrangimento; você não será humilhada.Você esquecerá a vergonha de sua juventude
e não se lembrará mais da humilhação de sua viuvez. Pois o seu Criador é o seu marido, oSenhor dos Exércitos é o seu nome,
o Santo de Israel é seu Redentor; ele é chamado o Deus de toda a terra.”(Isaías 54:4-5)
O Senhor Deus nos promete que podemos esquecer, porque Ele, pessoalmente, tomará o lugar dessas memórias dolorosas. Para vocês que tiveram uma juventude vergonhosa, para vocês que perderam o seu companheiro, o Senhor vivo vai substituir essas lembranças terríveis por Ele mesmo! Que grande promessa! Isso faz com que o esquecimento seja possível. Vamos ter que resolver sozinhos? De jeito nenhum! Mas com a promessa de que Deus vai substituir a dor com Ele mesmo – a Sua presença, Seu poder, Sua própria vida – podemos esquecer “o que ficou para trás”.
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