Quando Paulo escreveu sua segunda (e última) carta para Timóteo, ele sabia que sua morte estava próxima.  Ele tinha muito mais a dizer do que o tempo permitia. Entendendo isso, Paulo deve ter separado mentalmente o essencial do casual, e concentrado sua mente e energia somente nas coisas que ele considerava mais importantes.  Todos que percebem isso ao ler 2 Timóteo imediatamente entendem por que tanta coisa está acumulada em tão pouco espaço. É quase como se cada palavra tivesse sido pesada à luz de seu significado, e depois selecionada com cuidado, com o propósito trazer apenas as que Timóteo deveria valorizar, defender e colocar em uso (e nós também).

Como veremos, as palavras podem ser blocos de construção poderosos, que levam outros à verdade pela qual se deve viver – ou elas podem ser mísseis perigosos que explodem na mente das pessoas, causando grande dano. O idoso apóstolo Paulo se preocupava porque havia aqueles que se “desviaram da verdade”. Não é de se admirar que ele tenha exortado seu jovem colega a se comportar adequadamente diante de Deus, “manejando corretamente a palavra da verdade”.