Efésios

Quem escreveu o livro?

Por um breve período, no final de sua segunda viagem missionária, e em seguida por mais de dois anos, em sua terceira viagem missionária, Paulo ministrou à igreja de Éfeso (Atos 18:18-21; 19:1-41). Durante o seu tempo nessa cidade que abrigava o famoso templo à deusa grega Ártemis, Paulo viu muitos convertidos à fé em Jesus Cristo e muitos outros que se opuseram à sua pregação nas sinagogas e casas. Um ourives proeminente chamado Demétrio, que fazia artefatos para a adoração de Ártemis, viu o seu negócio grandemente prejudicado por causa das conversões de pessoas ao Cristianismo. O que se seguiu foi um quase motim que levou Paulo a deixar a cidade, mas isso só depois do apóstolo ter feito muito para estabilizar e fazer crescer a comunidade cristã na cidade.

Qual o contexto?

Paulo escreveu a carta aos efésios em algum momento de 60-61 d.C., por volta da mesma época em que escreveu Colossenses e Filemom, quando ele enviou as três cartas pela mão de Tíquico, acompanhado por Onésimo (Efésios 6:21; Colossenses 4:7- 9; Filemom 1:10-12). Foi durante esse tempo que Paulo ficou em Roma, passando por sua primeira prisão romana (Efésios 3:1; 4:1), tornando Efésios uma das quatro epístolas popularmente conhecidas como as Epístolas da Prisão. As outras são Filipenses, Colossenses e Filemom.

Por que esse livro é tão importante?

Assim como 2 Coríntios, Gálatas é abundante em toques pessoais de Paulo, quer sobre a sua própria vida ou a de seus beneficiários. Efésios, por outro lado, encontra-se no extremo oposto do espectro como uma das cartas mais formais de Paulo. Enquanto Gálatas oferece instruções particularmente importantes para as igrejas inundadas por legalismo, Efésios trata de assuntos no cerne do que significa ser um cristão, na fé e na prática, independentemente de qualquer problema em particular na comunidade.

Qual é a ideia principal?

Paulo dividiu sua carta aos Efésios em dois segmentos claros; e ao aplicar as verdades do primeiro possibilita as ações e estilo de vida do segundo. Paulo passou os três primeiros capítulos da carta discutindo a criação de uma comunidade santa de Deus pelo Seu dom da graça na morte e ressurreição de Jesus Cristo. Os membros desta comunidade foram escolhidos por Deus através da obra de Cristo, adotados como filhos e filhas de Deus, e trazidos junto ao Pai por meio da fé em Seu Filho. Todas as pessoas com essa fé, tanto judeus quanto gentios, estavam mortos em suas transgressões e pecados, mas foram vivificados por causa da pessoa e obra de Jesus Cristo.

Como Paulo não estava respondendo a um problema teológico ou moral particular, ele quis proteger os Efésios contra problemas futuros, encorajando-os a amadurecer em sua fé. Então, depois de expor as verdades teológicas profundas na primeira metade do livro, Paulo deixou seu objetivo claro: ele esperava que essa comunidade da fé andasse de acordo com a sua vocação celestial (Efésios 4:1). Como resultado das realidades teológicas aceitas pela fé dos cristãos em Deus, diversas práticas deveriam estar presentes em seus relacionamentos dentro da igreja, em casa, e no mundo.

Como colocar em prática?

O livro de Efésios trata de uma ampla gama de comportamentos morais e éticos, concebidos para assegurar que os crentes vivessem de acordo com a nossa vocação celestial. À medida que continuamos em nossa fé dia após dia, mês após mês e ano após ano, a tentação de nos acomodarmos sempre vai existir. No entanto, Paulo apresentou o dom de Deus em Cristo e os benefícios que recebemos de forma tão clara, que não podemos deixar de nos perguntar se as nossas vidas estão refletindo essa realidade como deveriam.

Como a sua vida cristã tem crescido desde que você colocou a sua fé em Jesus Cristo? A segunda metade de Efésios deixa claro que o crescimento espiritual ocorre principalmente em comunhão com outras pessoas, “como o ferro afia o ferro” (Provérbios 27:17). A sua “caminhada” cristã (em outras palavras, sua vida diária) deve ser caracterizada pela unidade, santidade, amor, sabedoria e perseverança na batalha espiritual.

A maturidade produz benefícios na vida moral dos crentes, mas se estende muito além disso também. O aumento da maturidade beneficia a comunidade em geral, levando-nos, como cristãos, a apresentar um testemunho mais consistente para o trabalho de Deus em nossas vidas, bem como a nos proteger das divisões prejudiciais e discussões que têm atormentado tantas comunidades ao longo da história.

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