2Coríntios 4:4-11
Gostaria de mostrar três ideias erradas com relação à condição de servo, e que são bastante conhecidas.
1- Os servos possuem poderes especiais deles próprios (Versículo 5). Como é fácil, às vezes, enxergarmos os servos de Deus através de uma lente cor de rosa, quase como se possuíssem uma unção mística, divina, ou um manto angelical, que faz com que pareçam estar revestidos de uma névoa do sobrenatural, de um poder celeste. Lembremos bem disso, os servos também são humanos, com todas as fraquezas dos outros homens e com as mesmas possibilidades de erro.
2- Os servos não enfrentam os problemas do dia a dia (Versículos 8 e 9). Atribulados. Perplexos. Perseguidos. Abatidos. Paulo entendeu muito bem o que significava suportar o constante flagelo dos problemas. Aliás, é no caminho da provação que o servo aprende a largar seu próprio caminho e passa a andar no de Deus. Na verdade, o servo luta com dificuldades todos os dias.
3- Os servos têm uma proteção especial contra perigos sutis (Versículos 10 e 11). As pessoas que servem a Deus e aos outros ‘levam sempre no corpo’ os sinais de morte, perigos e ameaças muito reais. Sutis e silenciosos, esses perigos espreitam nos lugares mais inesperados, exigindo satisfação. O verdadeiro servo é uma pessoa bastante vulnerável.
Não nos enganemos, portanto. O servo genuíno, por mais útil, santo, altruísta e admirável que seja, é humano e está sujeito aos mesmos perigos que as outras pessoas enfrentam.
Trecho retirado de Eu, um servo? de Charles R. Swindoll. © 1983, 2018 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.