Apocalipse

Quem escreveu o livro?

O autor do Apocalipse mencionou seu nome, João, quatro vezes ao longo do livro (Apocalipse 1:1, 4, 9; 22:8). Os cristãos ao longo da história deram quase unânime afirmação à identidade do autor do livro como o apóstolo João, que fora exilado na ilha de Patmos pelas autoridades, por pregar o evangelho na Ásia. Algumas tradições dizem que os romanos jogaram João em um tonel de óleo fervente, mas como apóstolo não morreu, eles o baniram para as rochas áridas de Patmos.

O título do livro, Apocalipse, vem da palavra grega apokalipsis e refere-se a uma revelação ou divulgação de algo ainda desconhecido. Este título é certamente apropriado para o livro, uma obra tão interessada em tornar conhecidos os acontecimentos do futuro.

Qual o contexto?

O apóstolo João escreveu o livro de Apocalipse por volta do ano 95 d.C., do seu exílio na ilha de Patmos. Ele dirigiu sua obra às sete igrejas da Ásia: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia. Como João trabalhou em Éfeso por muitos de seus últimos anos, seria natural para ele comunicar essa visão às igrejas sob seu cuidado imediato e influência. Cada uma dessas sete igrejas recebeu uma mensagem dirigida especificamente a si (capítulos 2 e 3), antes de João iniciar o seu relato do futuro que ele recebeu em sua visão de Deus.

Por que esse livro é tão importante?

O livro do Apocalipse fornece o retrato bíblico mais claro dos eventos da tribulação, tratando as particularidades daquele tempo terrível (capítulos 4-18). A tribulação será um tempo de julgamento, um tempo em que aqueles que ficaram na terra após o arrebatamento vão sofrer profundamente por sua descrença. João retratou esse julgamento como uma série de vinte e um eventos – inaugurados pela abertura de sete selos, o toque de sete trombetas e o derramamento de sete taças. Esse grande julgamento sobre o pecado da humanidade mostra a seriedade com que Deus vê o pecado – o pagamento será exigido daqueles que não foram cobertos pelo sangue de Jesus Cristo.

Qual é a ideia principal?

Enquanto Apocalipse oferece muitos detalhes sobre a tribulação – embora estes sejam muitas vezes expressos no mistério da linguagem simbólica – são os quatro capítulos finais que ditam a mensagem geral do livro. Apocalipse 19 a 22 retrata o futuro triunfo de Cristo sobre as forças do mal e Sua recriação do mundo para os remidos. Em última análise, o livro – e o mundo – termina com a vitória final pela verdade, bondade e beleza.

Na maior parte dos seus sessenta e seis livros, a Bíblia retrata o mundo no meio de profundo sofrimento. Os seres humanos tiveram problema com o pecado desde a queda em Gênesis 3 e, verso após verso, tem registrado o nosso problema nos mínimos detalhes. O brilho do Apocalipse é que ele fornece uma resposta definitiva para esse problema, a esperança de que Jesus vai curar de uma vez por todas as feridas provocadas pelo pecado (Apocalipse 19), reinar por mil anos na terra (Apocalipse 20), e então recriar o mundo num lugar que representa o projeto original de Deus (Apocalipse 21-22). A narrativa da Bíblia é simples: criação, queda, recriação. Sem a conclusão da obra redentora de Jesus registrada em Apocalipse, não teríamos o fim da história, o que deixaria a nossa esperança para o futuro em dúvida.

Como colocar em prática?

Geralmente quando as pessoas mencionam o livro do Apocalipse, imediatamente pensam em julgamento. E, sem dúvida, muito julgamento ocorre no livro. No entanto, o Apocalipse não termina com o julgamento. Em vez disso, ele funciona como um notável suporte aos livros de toda a Bíblia, que começa no Paraíso e termina no Paraíso. Mais do que o julgamento sobre os malfeitores, o Apocalipse é um livro sobre a esperança para os fiéis em Cristo.

Você já sofreu dores ou humilhações? Você já lamentou por um relacionamento quebrado? Você já foi profundamente atingido por alguma espada mortífera em seu coração? Apocalipse promete um mundo onde a dor, lágrimas e morte irão passar. Apocalipse nos lembra que de fato há esperança além das momentâneas provações e lutas dessa vida. Um dia as trevas passarão, e vamos todos morar em luz perpétua.

Venha depressa, Senhor Jesus! Que Deus seja louvado.

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