2 Coríntios 12:2-6
Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo. (Atos 11:25)
Conheço um homem em Cristo que há catorze anos foi arrebatado ao terceiro céu. Se foi no corpo ou fora do corpo, não sei; Deus o sabe. E sei que esse homem — se no corpo ou fora do corpo, não sei, mas Deus o sabe — foi arrebatado ao paraíso e ouviu coisas indizíveis, coisas que ao homem não é permitido falar. Nesse homem me gloriarei, mas não em mim mesmo, a não ser em minhas fraquezas. Mesmo que eu preferisse gloriar-me não seria insensato, porque estaria falando a verdade. Evito fazer isso para que ninguém pense a meu respeito mais do que em mim vê ou de mim ouve. (2 Coríntios 12:2-6)
Quero dar a você um novo suprimento de esperança. Para que possa fazer isso, permita que eu sugira quatro princípios. Eles podem vir a ser mais importantes para você no futuro do que agora, em uma ocasião em que Deus o leve a aguardar nas sombras.
Primeiro
Quando Deus nos prepara para um ministério eficaz, ele inclui o que nós preferiríamos omitir. Um período de espera que cultiva a paciência.
Enquanto escrevo estas palavras, me lembro de que nunca encontrei alguém jovem e paciente. (Para ser sincero, também não encontrei indivíduos idosos e pacientes!) Todos temos pressa. Não gostamos de perder um só painel de uma porta giratória. A paciência é algo difícil numa sociedade apressada. Todavia, é uma qualidade essencial, cultivada somente em períodos prolongados de espera.
Segundo
Enquanto Deus nos faz esperar, escondendo-nos à sua sombra, ele nos mostra que não somos indispensáveis. Isso nos torna humildes. Uma das razões para o Senhor nos remover e nos fazer aguardar à sua sombra, é para lembrar-nos de que não somos a estrela do espetáculo. Não somos indispensáveis.
Essa compreensão cultiva a humildade genuína. Estou convencido de que Saulo jamais questionou Deus por colocar a mão sobre Pedro e Barnabé e não nele. Numa época em que indivíduos talentosos estariam se oferecendo como voluntários nos comitês de reavivamento, Saulo permaneceu humildemente nos bastidores. Aguardando a sua vez, ou melhor, o tempo de Deus.
Terceiro
Enquanto Deus nos esconde, ele revela novas dimensões de si mesmo e novos discernimentos relativos ao ministério. Isso nos torna mais profundos. O que precisamos hoje não é de pessoas mais inteligentes ou ocupadas. Uma necessidade maior é de pessoas mais profundas. As pessoas profundas sempre terão um ministério. Sempre. Deus nos aprofunda por meio do tempo que passamos esperando por ele.
Quarto
Quando Deus finalmente decide fazer uso de nós, isso chega numa ocasião inesperada, quando nos sentimos menos qualificados. Isso nos torna eficazes. O cenário perfeito para um ministério eficaz, duradouro, começa com uma reação de surpresa: “Quem, eu? Tem certeza? Não deseja aquela outra pessoa? Ela possui excelentes qualidades e dons óbvios. Talvez queria falar com ela”. Essa é a ideia. É refrescante nesta época de alta eficiência encontrar uns poucos que ainda se surpreendem com a maneira de Deus fazer uso deles.
Trecho retirado de Dia a dia com os heróis da fé de Charles R. Swindoll. © 2007 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.