Dar à luz o Deus em carne humana naturalmente desafiaria os conceitos que a nova mãe tinha sobre a maternidade.
Vamos ser francos: a ideia de um Deus-homem caminhando na terra desafia muitos conceitos. Mas precisamos ter mente aberta enquanto observamos a vida de Jesus, mesmo se não entendermos plenamente suas palavras e ações.
Seu propósito era, e ainda é, a reconciliação de dois mundos separados por maneiras de pensar muito distintas: o reino de Deus e a humanidade, cada qual encontrando seu representante na pessoa de Jesus. Essa reconciliação, porém, não é simplesmente uma mistura de filosofias. Os caminhos da terra e os do céu são completamente incompatíveis.
O mundo nem sempre foi o que é hoje. No princípio Deus criou os céus e a terra (…) (Gênesis 1:1), encheu o universo de verdade, deu-lhe ordem e chamou-o de ‘bom’. Então aconteceu uma coisa terrível. O primeiro homem e a primeira mulher desobedeceram ao simples mandamento de Deus: E o Senhor Deus ordenou ao homem: “Coma livremente de qualquer árvore do jardim, mas não coma da árvore do conhecimento do bem e do mal, porque no dia em que dela comer, certamente você morrerá”. (Gênesis 2:16-17)
Isso mudou tudo. Os teólogos se referem a esse evento como ‘a queda’, o momento em que o pecado deu início à sua crescente corrupção do mundo, transformando todo o ‘bom’ que Deus havia criado numa ameaçadora perversão. A alegria de um nascimento vem à custa de enorme dor e angústia.
Deus não se tornou humano simplesmente para adicionar seu bem, a fim de compensar nosso mal. Não! O nascimento de Jesus foi uma invasão, uma benéfica tomada de posse por meio da qual tudo e todos no mundo devem ser transformados. Assim, precisamos nos lembrar frequentemente de que embora Jesus fosse homem de carne e osso, não era um homem comum.
Trecho retirado de Jesus, o maior de todos de Charles R. Swindoll. © 2008 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.