Hebreus 6:19
“Temos esta esperança como âncora da alma…” (Hebreus 6:19)
Você sabe o que é uma âncora? A âncora é um instrumento usado pelos navios para se firmarem em meio às águas agitadas. Ela impede que o barco seja levado pela correnteza ou pelos ventos fortes.
Imagine um antigo veleiro tentando entrar pela estreita entrada de um porto. Esta era uma das manobras mais difíceis para qualquer capitão. O vento forte ameaçava empurrar o navio contra recifes e bancos de areia, e os esqueletos de antigos navios presos nas rochas eram memórias e alertas dos que não conseguiram passar. Para reduzir o risco, o prudente capitão baixava a âncora usando um pequeno barco, que a levava através da abertura. Uma vez lançada, a âncora permitia que o navio, com as velas arriadas, fosse puxado com segurança pelo porto, longe dos obstáculos, rumo à segurança.
Assim como a âncora mantém o navio seguro, mesmo em águas perigosas, Cristo mantém nossa alma firme, oferecendo estabilidade e confiança quando tudo ao redor parece incerto ou ameaçador.
Nos dias do Tabernáculo, os hebreus se reuniam ao redor e dentro dele para adoração. Dentro do Tabernáculo havia véus; atrás do véu ficava o “Santo dos santos”. Dentro dele ficava a Arca da Aliança, que simbolizava a presença de Deus, por isso, era chamado “Santo dos Santos”, o lugar mais puro, sagrado e inacessível, onde a presença de Deus se manifestava de forma especial, e apenas o sumo sacerdote podia entrar. Nesta sala de Deus, sobre a Arca da Aliança, havia uma luz resplandecente, chamada em hebraico de Shekinah. Este nome também foi usado pelo povo durante a peregrinação no deserto para se referir à nuvem de dia e à coluna de fogo à noite como presença visível de Deus. A Shekinah mostrava que Deus estava com o Seu povo, oferecendo direção, proteção e comunhão.
A tampa da arca era de ouro maciço. Sobre ela ficavam dois querubins de ouro, de frente um para o outro, com as asas estendidas cobrindo a tampa. Uma vez por ano, o sumo sacerdote dos israelitas entrava naquela sala de Deus com uma pequena bacia de sangue que, exatamente como exigia a Lei, ele derramava sobre a arca, entre os querubins de ouro. Era um ritual Era o lugar simbólico da expiação pelos pecados de Israel, lembrando que Deus graciosamente perdoou o povo hebreu por seus pecados. Era um evento anual, o mais sagrado de todos os eventos.
Os judeus do primeiro século entenderam o texto que está no texto de Hebreus 6, pois era parte da rotina, da cultura e da história deles. Por isso, descrevi o ritual, para que você pudesse ler com a mesma compreensão.
“Temos esta esperança como âncora da alma, uma esperança segura e firme, que penetra além do véu, onde Jesus entrou como precursor por nós, tornando-se sumo sacerdote para sempre”… Em outras palavras, nosso Salvador passou pela vida, suportou todos os golpes e foi à nossa frente. E agora? Agora Ele nos puxa para Si! Ele nos convida para dentro do véu. É como se Ele nos dissesse: “Agora vocês podem entrar. Aqui encontrarão cura para o que foi quebrado pela falta de paz, pelo estresse e pela ansiedade; aqui encontrarão descanso, alívio dos fardos e o fim da angústia.”
A dúvida sempre tentará convencê-lo de que você está sozinho, que ninguém se importa ou pode ajudá-lo. Mas Hebreus nos lembra que Cristo é sacerdote constante – não apenas uma vez por ano, mas sempre. Aceite este convite de Cristo. Entregue a Ele suas ansiedades e permita que a âncora da esperança firme sua alma, trazendo paz e segurança mesmo em meio às tempestades da vida.
Oração:
“Senhor, obrigado por ser minha âncora firme e constante. Ajude-me a confiar totalmente em Ti, entregando minhas ansiedades, estresse e medos. Amém.”