(1 Samuel 15:22)
“A obediência é melhor do que o sacrifício, e a submissão é melhor do que a gordura de carneiros”. (1 Samuel 15:22)
A rebeldia e o estresse sempre conspiram contra a nossa paz de espírito. Quando a rebeldia é tolerada ou simplesmente ignorada, ela inevitavelmente deixa um rastro de consequências dolorosas, que muitas vezes recaem até sobre aqueles que nada tiveram a ver com o problema.
Deus nunca ignora nem faz vista grossa à rebeldia. Ele a enfrenta, e nós devemos seguir o exemplo do nosso Senhor.
Em Deuteronômio 21:18-21, encontramos uma narrativa que descreve uma punição muito mais severa do que estamos acostumados a imaginar hoje. No entanto, ela nos mostra o quanto o Senhor leva a sério a rebelião, a revolta e a provocação. O texto sugere que a pessoa em questão era jovem: ainda vivia sob o teto dos pais, mas insistia em uma independência insubordinada. Seu estilo de vida demonstrava uma determinação obstinada de seguir apenas a sua própria vontade. Veja o que está escrito: “Se alguém tiver um filho teimoso e rebelde, que não obedece a seu pai nem a sua mãe, e quando o castigam, ele nem sequer os ouve, então seu pai e sua mãe o agarrarão e o levarão aos anciãos de sua cidade, na porta de sua terra natal. Eles dirão aos anciãos de sua cidade: ‘Este nosso filho é teimoso e rebelde, não nos obedece, é um glutão e um beberrão.'” Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão até a morte; assim, removerás o mal do teu meio, e todo o Israel ouvirá falar dele e temerá.”
Lembro-me da primeira vez que li essa passagem; eu era adolescente! Pensei nessas palavras até muito tarde da noite, acredite. Ainda me lembro do arrepio que me percorreu a espinha quando percebi o quão sério Deus se sente em relação à rebeldia. Eu também me senti grato por não estar vivendo debaixo do peso da Lei! Rebeldia, provocações, desobediência e falta de respeito não devem ser tolerados, como se fosse uma coisa qualquer.
É importante destacar que essa narrativa não sugere que os pais tenham o direito de agir como ditadores violentos dentro de casa, maltratando ou manipulando seus filhos. De forma alguma! O texto mostra que, em Deuteronômio 21, os pais haviam tentado lidar com a situação, mas sem êxito. O filho desafiava a autoridade deles, recusava-se a cooperar, persistia no hábito da embriaguez e na falta de autocontrole. Esse comportamento transformava o lar em um verdadeiro “inferno na terra”. Diante disso, os pais não tiveram outra saída a não ser buscar ajuda das autoridades locais – algo que, de certa forma, ainda pode se repetir em algumas situações hoje.
A paz, os padrões morais e a alegria do lar não devem ser sacrificados para evitar problemas, porque quando a rebeldia é ignorada, ela abre espaço para fraturas emocionais e espirituais que afetam toda a família. Se você não enfrentar esse problema, quem o fará? O professor da escola? O pastor da igreja? Não. Eles podem apoiar, mas nunca substituir o papel dos pais.
Certa vez, o rei Saul decidiu agir do seu próprio jeito, desafiando as instruções que Deus havia dado por meio do profeta Samuel. Quando foi confrontado, Saul se desculpou, recuou, racionalizou e até negou estar em rebeldia. Até que Samuel, já cansado, olhou firmemente para ele e declarou: “A rebelião é como o pecado da feitiçaria e da idolatria.” Que declaração forte! Da próxima vez que você for tentado a minimizar ou ignorar a rebeldia, lembre-se dessa comparação.
A rebeldia mina a paz, gera divisão e abre espaço para consequências sérias. Quando confiamos na direção de Deus, experimentamos a verdadeira paz que vem da obediência. Escolha hoje viver em harmonia com a vontade do Pai, e você verá como a paz d’Ele sustentará sua vida.
Oração: Senhor, ajuda-me a reconhecer e rejeitar toda forma de rebeldia no meu coração. Quero sempre obedecer à Tua voz com confiança e alegria, para que eu viva em paz e testemunhe da Tua presença em minha vida. Amém.
