Êxodo 14, Lucas 9:10-17, 2 Pedro 3
Danny, um pequeno garoto de nove anos, saiu voando da escola dominical. Seus olhos procuravam em todas as direções enquanto tentava localizar sua mãe e ou seu pai. Finalmente, depois de uma breve procura, agarrou-se nas pernas de seu pai e gritou: “Pai, a história de Moisés com todas aquelas pessoas atravessando o Mar Vermelho é fantástica!” Seu pai olhou para baixo, sorriu e pediu para o garoto contar o que tinha aprendido.
“Bem, os israelitas fugiram do Egito, mas o Faraó e seu exército começaram a persegui-los. Então, os judeus correram o mais rápido que puderam até chegarem ao Mar Vermelho. O exército egípcio se aproximava cada vez mais. Moisés pegou seu celular e mandou a Força Aérea de Israel bombardear os egípcios. Enquanto isso estava acontecendo, a Marinha de Israel construiu uma ponte para as pessoas atravessarem. E eles conseguiram!”
Agora, o pai estava chocado: “Foi assim que eles contaram a história para você?”
“Bem, não exatamente”, Danny admitiu, “mas se eu lhe contasse da forma que nos contaram, você nunca iria acreditar, pai”.
Com a inocência de uma criança, o pequeno garoto colocou o seu dedo no pulso de nosso sofisticado mundo adulto, onde um frio ceticismo reina supremo. Está se tornando muito mais popular operar no mundo preto e branco dos fatos… e, é claro, não deixar nenhum espaço para o miraculoso.
Não é realmente uma nova mentalidade. Pedro menciona isso em uma de suas cartas:
… desejo lembrar-lhes que nos últimos dias haverá escarnecedores que … se rirão da verdade. Esta será a sua maneira de argumentar: “Jesus prometeu voltar, não foi? Então, onde está Ele? Ele não virá nunca! Ora, até onde qualquer um pode lembrar-se, tudo tem permanecido exatamente como era desde o primeiro dia da criação”. (2 Pedro 3.3 – A Bíblia Viva).
Céticos pensam dessa forma. Se pudessem escolher seu hino favorito, certamente incluiriam essas palavras: “Assim como foi no início, agora é e pra sempre será…”
Pense na gravidade. Objetos pesados caem em direção à terra. Sempre.
Pense sobre a química. Misturar certos elementos na proporção certa leva ao mesmo resultado. Sempre.
Pense sobre a astronomia. O sol, a lua. As estrelas, todos trabalham em perfeita harmonia. Sempre.
Pense na anatomia: Seja a pupila do olho expandindo ou contraindo em resposta à luz, ou nossa pele regulando a temperatura corporal, nós operamos estritamente baseados em fatos. Duros, imutáveis, rígidos fatos.
Pessoas que conduzem suas vidas de acordo com tal pensamento são consideradas espertas. Elas não têm uma fração de tolerância ao sobrenatural. Para elas, é idiotice pensar em termos do inexplicável, do “miraculoso”.
E sobre os milagres? Bem, vamos limitá-los ao mundo infantil dos contos de fadas e fábulas. E, se necessário, para os santuários onde as emoções falam mais alto e precisa-se de muita imaginação para criar todas aquelas histórias interessantes. Afinal, o que é a religião sem um bolso cheio de milagres? E se formos tentar prestar contas por todas aquelas coisas na Bíblia, pense no tempo que iríamos gastar para explicar coisas como o sol permanecer parado, por que todos aqueles peixes encheram as redes dos discípulos, o que trouxe Lázaro dos mortos, por que o corpo de Jesus nunca foi encontrado, como a morte de Cristo limpa vidas ano após ano, ou como a Bíblia está entre nós.
Como são espertos, os céticos não têm que se preocupar em explicar pequenas coisas como essas. É mais fácil abraçar a total negação dos milagres… que é legal e interessante… até que eles adoeçam, fiquem face a face com a morte, e precisem de uma ajuda milagrosa para cruzar esse último rio.
O que acontece, então? Ei, se eu lhe dissesse o que a Bíblia realmente diz, você nunca acreditaria.
Trecho retirado de Crescendo nas estações da vida de Charles R. Swindoll. © 2003 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.