Gênesis 2:18

“Então o Senhor Deus declarou: “Não é bom que o homem esteja só; farei para ele alguém que o auxilie e lhe corresponda” (Gênesis 2:18)

Desde o princípio, Deus revelou que a vida não foi feita para ser vivida em solidão. No texto em referência, ele nos mostra que os vínculos de comunhão e afeto fazem parte do Seu projeto original para a humanidade. Ele não apenas criou o homem e a mulher, mas também estabeleceu entre eles um relacionamento marcado pelo companheirismo, pelo cuidado e pela partilha da vida.

   Deus se importa com nossos laços de amizade, família e amor, porque sabe que através deles experimentamos apoio, encorajamento e expressão concreta do Seu próprio amor.

   Qual o valor dos relacionamentos para você? Se você tiver dificuldade em responder a essa pergunta, eu posso ajudá-lo a decidir. Pare e pense quanto do seu tempo livre nos últimos dois meses você gastou desenvolvendo vínculos e desfrutando da companhia de amigos e familiares? O tempo que dedicamos a cultivar relacionamentos nunca é desperdiçado; pelo contrário, é um investimento de valor eterno. E, ao fazer isso, seguimos o exemplo do próprio Deus, pois Seu Filho Jesus também viveu em comunhão, cercado de amigos, caminhando lado a lado com eles e ensinando-nos a importância de compartilhar a vida.  

   Jesus, o Filho de Deus, certamente considerava o relacionamento que tinha com Seus discípulos digno de Seu tempo. Eles passaram literalmente horas juntos. Eles comeram juntos, choraram juntos, e tenho certeza de que também riram juntos. Sendo Deus, Ele não “precisava” daqueles homens, não precisava dos problemas que eles criavam; mas Ele amava cada um deles. Eles tinham um relacionamento especial, muito parecido com Paulo, Silas e Timóteo; Davi e Jônatas; Barnabé e João Marcos; e Elias e Eliseu.

   O poeta inglês Samuel Taylor Coleridge, que viveu no início dos anos 1800,  escreveu em seu poema Juventude e Idade: “A amizade é uma árvore que nos abriga”. Que pensamento lindo e verdadeiro!

   Assim como Coleridge descreve a amizade como uma árvore que nos abriga, os relacionamentos que cultivamos têm o poder de nos sustentar nos momentos mais difíceis. Amigos e irmãos na fé que caminham conosco podem compartilhar nossos fardos, oferecer consolo e nos lembrar da presença de Deus quando enfrentamos dor e sofrimento. A comunhão não se limita à companhia agradável, ela se manifesta também em atos concretos de cuidado: ajudando a prover necessidades básicas, fortalecendo aqueles que estão fragilizados e caminhando lado a lado com os necessitados. 

Em cada vínculo sincero, experimentamos um reflexo do amor de Deus, que nos chama a viver em interdependência, apoiando e sendo apoiados, para que nenhum de nós tenha que enfrentar sozinho as lutas da vida.   A comunhão que Deus nos deu desde a criação não é apenas um presente para nosso convívio; ela é um caminho para experimentar paz e saúde emocional. Assim como Deus criou Adão e Eva para que nenhum deles estivesse só, Ele nos chama a viver em laços que sustentam, restauram e tranquilizam o coração, refletindo o amor divino em cada amizade e em cada vínculo de fé.

 Oração: “Senhor, obrigado pelo dom das amizades, da família e da comunhão entre irmãos. Que cada relacionamento em nossas vidas seja um reflexo do Teu amor. Ensina-nos a valorizar esses laços, para que possamos experimentar Tua paz e a saúde emocional que vem de Ti. Amém.”