Humilhação e aprendizado

Humilhação e aprendizado

Gênesis 40:20-23

A história de Caim e Abel nos ensina sobre a insensibilidade humana e como Deus pode usar situações de humilhação para nos ensinar e transformar.

No mundo violento de hoje, temos nos tornado insensíveis às perdas das pessoas. Nossa indiferença em relação ao próximo faz com que, como Caim, nós estejamos ferindo o nosso irmão.

Uma vez, quando Caim e Abel deviam trazer uma oferta ao Senhor, houve grande diferença na atitude entre eles. E Deus se agradou da pessoa e da oferta de Abel, mas não de Caim.

Às vezes, como Caim, oferecemos a Deus só o que queremos dar do nosso tempo e recursos, e não do que podemos dar, ao contrário de Abel, que se preocupava em dar o melhor daquilo que fazia. Nossa oferta pode não ser aceita, e podemos ser humilhados para que Deus nos mostre o quanto precisamos melhorar. A humilhação não é uma derrota, mas uma oportunidade de reconsiderar, o início de uma possível transformação.

Caim entendeu a humilhação como uma afronta, uma oportunidade de deixar o pecado entrar em sua vida.  E assim, matou o seu irmão.

O pecado está sempre à porta, esperando que o deixemos entrar, para nos levar ao erro, e às suas consequências. Ele tenta nos convencer de que não temos tempo ou dinheiro suficiente para ajudar alguém, ou de que temos razões para não fazer o que é certo. E isso molda a nossa atitude com relação ao mundo à nossa volta. Mas nós devemos obedecer a Deus, que trará a força e a providência necessárias para nós.

Caim, assustado, enterrou o seu irmão, para que ninguém o descobrisse.  Na realidade, nós enterramos muitas pessoas, suas necessidades e sentimentos, como se não tivéssemos nada a ver com isso. Mas a nossa indiferença traz consequências pras nossas vidas, como o pecado de Caim lhe trouxe.  Caim se arrependeu e pediu clemência a Deus. Deus pode ajudar, mas não tira aquilo que fizemos. Vamos colher o que plantamos, e devemos permitir que isso nos transforme.

Deus nos ensina que devemos nos importar uns com os outros. Quando eu não me importo com o meu próximo, eu não estou me importando comigo mesmo, desobedecendo ao mandamento de Jesus de amar ao próximo como a mim mesmo.

Muito do que passamos na nossa vida é um alerta de Deus através da humilhação. Devemos abandonar a lógica do pecado e perseverar na obediência. E Deus nos dará os recursos necessários. Quando ajudamos o próximo estamos nos ajudando A forma de você sair da situação de humilhação que está vivendo é ajudar outra pessoa, o que te mantém humano e dependente de Deus. É preciso levantar, superar, olhar por outro ângulo, pra que realmente possa receber tudo aquilo que Deus tem pra você.

Podemos medir o que estamos entregando a Deus, pelo que estamos entregando ao próximo. Cantar, dar o dízimo, ou fazer um culto é até fácil. Ajudar uma pessoa é difícil. Mas isso é expressar a imagem e semelhança de Deus, seguindo o exemplo de Cristo, que deu a Sua vida por todos nós.

O que você tem dado a Deus? O que você pode fazer por essa ou aquela pessoa? Deus está vendo a sua oferta.

Que nós possamos aprender com Caim e entender as situações de humilhação como oportunidades para melhorar e crescer. E que a nossa humanidade seja praticada em relação ao próximo, em todas as situações, para o nosso aprendizado e para a glória do Senhor.

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Fernando C. Bochio é pastor batista há 46 anos. Formado em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e pelo Seminário Unido de Teologia, é Doutor em Ministérios pelo Seminário Teológico de Dallas, Texas- EUA, e Mestre em Teologia pela Universidade de Birmingham, Inglaterra; é professor de teologia, conferencista e consultor internacional para organizações cristãs, atuando também na capacitação e mentoreamento de pastores e líderes.
Fernando pastoreou igrejas nos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde também dirigiu e atuou em programas cristãos para radio e TV. Sua visão e experiência como consultor internacional contribuiu para que inúmeras lideranças e organizações cristãs se fortalecessem em seu propósito de atuar com profissionalismo e afinadas com sua missão para a transformação social.
A Palavra de Deus teve grande impacto em sua vida desde sua conversão, quando era um jovem ateu convicto. A partir desse momento, um dos eixos centrais de seu ministério tem sido o ensino da Palavra e o cuidado e capacitação de líderes.

Pr. Fernando é o responsável pelo Ministério Razão Para Viver (RPV) no Brasil e para países de Língua Portuguesa; é casado com Ieda Bochio há 48 anos, e eles têm 3 filhos e 5 netos: Diogo, casado com Veronica, pais de Alice e Isabel; Heidi, casada com Stephen e pais de Thomas e Abigail; e Miriam Fernanda, casada com Fernando e pais de Pascal e Charlotte.