Gênesis 12:1; Hebreus 11:8-10
Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo. Pela fé peregrinou na terra prometida como se estivesse em terra estranha; viveu em tendas, bem como Isaque e Jacó, co-herdeiros da mesma promessa. Pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus. (Hebreus 11:8-10)
Poucas pessoas representam o ‘deixar o que é familiar’ mais do que Abraão.
Abraão passara toda a sua vida em Ur dos Caldeus, assim como seu pai. Ele tinha raízes longas e profundas naquele lugar. Então, quando estava com 75 anos, Deus falou a Abraão: “Saia da sua terra, do meio dos seus parentes e da casa de seu pai, e vá para a terra que eu lhe mostrarei. ” (Gênesis 12:1)
Lá está ele, com idade avançada, junto com sua esposa Sara, apenas dez anos mais nova que ele, vivendo uma vida confortável. De repente, Deus aparece e invade o seu ninho. A vontade de Deus é pronunciada claramente: ‘Saia’.
Abraão era um homem relativamente rico e o vemos agora habitando em tendas, vivendo como estrangeiro, ‘pois ele esperava a cidade que tem alicerces, cujo arquiteto e edificador é Deus’.
Ali, no meio do nada, de repente, sem nenhum detalhe, Deus disse: “Saia. […] e vá para a terra que eu lhe mostrarei”. E Abraão obedeceu, saindo ‘sem saber aonde ia’. Isso que é desapego e risco.
Abraão pagou o preço do conforto e da familiaridade com o propósito de fazer a vontade de Deus. Este é um clássico exemplo da crise de crença e da necessidade de grandes ajustes, de fé e ação, de desapego e risco.
Descobrir a vontade de Deus e depois cumpri-la pode exigir que você deixe o familiar e o confortável.
Trecho retirado de O mistério da vontade de Deus de Charles R. Swindoll. © 2001 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.