João 3:16

“Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.” João 3:16

Quando penso na vida após a morte, sempre me vem à mente uma história que Jesus contou. É uma história curta, mas nos dá uma imagem simples e clara sobre a realidade do inferno. Trata-se da parábola do Rico e Lázaro, narrada em Lucas 16. 

   Jesus contou que havia um homem muito rico, que vivia cercado de luxo: vestia-se com roupas caríssimas e passava seus dias em festas e banquetes. À porta de sua casa, ficava um mendigo chamado Lázaro, ele vivia coberto de feridas, e sonhava em comer as migalhas que caíam da mesa do rico. Com o tempo, Lázaro morreu, e os anjos o levaram para junto de Abraão. O rico também morreu e foi sepultado. No lugar dos mortos, em meio ao tormento, ele levantou os olhos e viu ao longe Abraão, com Lázaro ao seu lado. Então clamou: “Pai Abraão, tenha misericórdia de mim! Mande Lázaro molhar a ponta do dedo na água e refrescar a minha língua, pois estou sofrendo nestas chamas”. Mas Abraão respondeu: “Filho, lembre-se: em vida você recebeu muitas coisas boas, enquanto Lázaro só conheceu sofrimento. Agora ele é consolado aqui, e você está em agonia. Além disso, há um grande abismo entre nós, e ninguém pode atravessá-lo”. O rico então suplicou: “Pai, então envie Lázaro à casa do meu pai para avisar os meus cinco irmãos, a fim de que não venham também para este lugar de tormento.

Abraão respondeu: “Eles têm Moisés e os Profetas; que os ouçam”. Mas o rico insistiu: “Não, pai Abraão, mas se alguém voltar dos mortos e falar com eles, certamente se arrependerão!” E Abraão, então, concluiu: “Se não dão ouvidos a Moisés e aos Profetas, não acreditarão nem mesmo que alguém ressuscite dentre os mortos”.

   Grande parte do que você acabou de ler dispensa explicação. Dois homens viveram em realidades opostas, e após a morte o contraste se manteve, porém inverso: o mendigo foi consolado no céu, enquanto o rico sofreu no inferno, isolado e sem possibilidade de fuga, enfrentava a solidão absoluta, afastado da presença de Deus. Temendo que seus familiares seguissem o mesmo destino, implorou que alguém avisasse seus irmãos. A parábola mostra que o sofrimento consciente no inferno é real e definitivo, um alerta para valorizar a vida eterna.

   A parábola do Rico e Lázaro é apenas uma das muitas referências bíblicas sobre a realidade eterna do inferno. O Novo Testamento nos apresenta algumas de suas características: um lugar de dor profunda, descrito como choro e ranger de dentes (Mateus 8:12); de sofrimento consciente, onde há memória, clamor por misericórdia, solidão e nenhuma possibilidade de fuga (Lucas 16:23-31); um lugar de fogo inextinguível (Marcos 9:48) e de trevas (Apocalipse 9:2). 

   É um retrato difícil de encarar, mas necessário. Negar a eternidade do inferno seria o mesmo que negar a eternidade do céu. Ambos são reais, ambos são finais, e cada pessoa terá um destino eterno.

   A história do Rico e Lázaro nos lembra de algo inegável: há um abismo entre Deus e o homem, e ninguém pode atravessá-lo por conta própria. O rico descobriu isso tarde demais, preso em um destino sem volta. Mas essa não precisa ser a nossa realidade.

   A parábola também nos lembra de algo precioso: diante de Deus, ninguém é mais ou menos digno. Somos todos iguais diante da cruz, chamados a viver como irmãos.

   Todos os dias recebemos a oportunidade de evitar o sofrimento eterno e escolher a vida. Basta abrir o coração e aceitar, de graça, o presente da salvação que Deus nos deu em Seu Filho. É um convite diário, cheio de amor e esperança.  Mas lembre-se: é um presente, não precisamos pagar por isso, mas alguém pagou. Seu nome? Jesus.  Aceitar o presente da salvação significa abrir o coração para a graça de Cristo. Assim, podemos viver em paz agora e para sempre, na segurança do Seu amor, nos livrando do sofrimento eterno e das consequências do inferno. 

 Oração: “Senhor Jesus, obrigado por pagar o preço da minha salvação e me oferecer a vida eterna gratuitamente. Ensina-me a viver como irmão de todos, com amor, igualdade e fé, confiando em Tua graça e na proteção contra todo sofrimento eterno. Amém.”