Gênesis 22:1-18
Deixar partir. Deixar para lá. Afrouxar as amarras.
Como somos melhores no sufocar do que no amar, ficamos aturdidos com a possibilidade de termos que abrir mão. Porque o soltar significa introduzir o terror do risco, o pânico de perder o controle. A despedida não pode acontecer sem um ferimento interior. O covarde coração tem medo de entregar seu estimado brinquedo. Mesmo sabendo que eventualmente teria que dizer adeus a ele.
Como abandonar um sonho; dar à criança algum espaço para crescer; ou deixar que um amigo tenha a liberdade de ser ou fazer. Quanta maturidade isso requer!
Frequentemente escondemos nosso medo de entregar nossos tesouros por temermos pela sua segurança. Mas espere. Tudo é seguro quando estamos comprometidos com o nosso Deus. Na verdade, nada está realmente seguro quando não está comprometido. Nenhuma criança, nenhum emprego. Nenhum romance. Nenhum amigo. Nenhum futuro. Nenhum sonho.
Precisa de uma prova? Confira a história de Abraão e seu filho adolescente Isaque. O velho homem amava profundamente seu filho. Esse relacionamento poderia muito bem beirar o arriscado se o pai não estivesse disposto a deixar seu filho partir. Mas, nesse momento, o pedagogo Jeová ensinou ao patriarca uma lição básica da vida.
Estava na hora de deixá-lo partir. Abraão poderia ter começado a pleitear, barganhar ou manipular, mas isso nada poderia fazer o Todo-Poderoso escolher um caminho alternativo. Não, Abraão tinha que abrir suas mãos e entregar naquele altar a única coisa que eclipsava o Filho em seu coração. Isso doeu cruelmente, além do que podemos imaginar. Mas foi eficiente.
O que Deus quer que eu faça? Que eu deixe as coisas para lá, para que Ele possa reinar sem nenhum rival. Sem nenhuma ameaça ao seu trono. E com o meu orgulho quebrantado o suficiente para que minhas mãos se tornem vazias e o meu coração aquecido.
Trecho retirado de Crescendo nas estações da vida de Charles R. Swindoll. © 2003 Charles R. Swindoll Inc. Todos os direitos mundialmente reservados. Usado com permissão.