(Judas 1, 24 e 25) | (2 Coríntios, 13:14)
Tenho lindas memórias de pastores e de suas mensagens, desde o tempo em que comecei a frequentar a igreja, ainda adolescente.
Lembro que a melhor parte de quase todos os sermões que eu ouvia era o final. Não importava se a mensagem era impactante ou simples, nem se era longa ou rápida, as palavras mais belas aconteciam naquele momento em que o pastor abaixava sua cabeça e fazia uma breve oração de encerramento do culto.
Só depois de adulto percebi que aquelas palavras que eu achava a melhor parte do sermão eram parte de uma citação das escrituras que recebe o nome de “benção”. Elas eram consideradas uma parte esperada do culto de adoração. Era praticamente uma fórmula litúrgica da mensagem. O culto não tinha chegado ao final até que se encerrasse o sermão citando, com um tom diferenciado de eloquência, a benção.
Esse trecho de encerramento é uma doxologia, ou seja, uma expressão de louvor e glorificação a Deus, profundamente rica em teologia, poesia e esperança, e sua repetição dominical nunca lhe tira o brilho e a força. Vale muito a pena ser meditada com calma, mas, infelizmente, perdemos a sensibilidade em relação à profundidade e ao sentido delas.
Vamos tomar as palavras na carta de Judas como exemplo.
“Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar e apresentar-vos irrepreensíveis com alegria perante a sua glória, ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora e para todo sempre. Amém.” (Judas 1, 24 e 25).
Que promessa poderosa! Essa bênção final Ela encerra a carta exaltando o poder e a fidelidade de Deus em guardar os crentes, sustentá-los na fé e levá-los à Sua presença gloriosa de forma vitoriosa, mesmo diante de tantas ameaças e falsas doutrinas que Judas combateu ao longo da epístola.
Essa palavra nos lembra que, até a volta de Cristo, não estamos sozinhos. Que encorajamento precioso é saber que Deus está nos sustentando a cada passo!
Na próxima vez que ouvir a bênção ao final de um culto, não se apresse em sair. Deixe que essas palavras penetrem seu coração como consolo e força. Elas não são apenas um encerramento, mas um lembrete vivo do cuidado amoroso de Deus por você e por toda a igreja.
“A graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus e a comunhão do Espírito Santo seja com todos vocês” (2 Coríntios, 13:14.)