Como você se sente quando não recebe o devido reconhecimento das pessoas?
Contente com meu lugar!
Ensina-me a fazer a tua vontade, pois tu és o meu Deus; que o teu bondoso Espírito me conduza por terreno plano (Sl 143:10).
Há um prazer indescritível em encontrar nosso lugar no plano de Deus. Nem sempre é um lugar de destaque segundo padrões humanos, nem sempre há palco e holofotes, mas sem dúvida, há completude e pertencimento. Pensei seriamente sobre isso quando li um texto do pastor Peter Marshal sobre o importante papel do discípulo André.
André não se destaca como protagonista nas narrativas dos Evangelhos e não tem epístolas registradas em seu nome. Mas é justamente ele que encaminha seu irmão Simão até Jesus (João 1:40,41) e este se torna um líder da Igreja. É André que introduz a Jesus o jovem portador dos cinco pães e dois peixes (João 6:8,9) e é também ele que acompanha Felipe para apresentar ao Mestre o pedido de alguns gregos (João 12:23,23) fato que compõe os momentos finais de Cristo até a sua morte. Ao destacar esses fatos sobre o discípulo, Marshal ressalta que não há papeis menos importantes no Reino de Deus, um verdadeiro chamado para a alegria de entendermos o valor de nosso papel.
Quem ama a sua vida perdê-la-á, e quem neste mundo odeia a sua vida, guardá-la-á para a vida eterna. João 12:25
Se você está sendo pouco reconhecido, agradeça. Aceite essa situação como uma oportunidade para aprender a não reivindicar seus direitos, não precisar ter seu nome em destaque, alivie seu ouvido do elogio. Ao se desvencilhar da necessidade ou mesmo do direito de ser reconhecido você se qualifica para esse lugar de plenitude onde apenas Cristo é glorificado. Hoje, torne seu anonimato em oferta ao Senhor:
“Pai te agradeço pela oportunidade de render a ti meus direitos e também minhas vaidades, são um fardo pesado demais e têm me atrasado na caminhada para a vida eterna. Me ensina a fazer o que tenho feito com ainda mais excelência para que somente o Senhor cresça e que eu, diminuída, caiba confortável nas Tuas mãos.” Amém.
- Ieda Bochio