Gálatas

Quem escreveu o livro?

A autoria da carta aos Gálatas foi sempre a menos questionada entre todas epístolas paulinas. Paulo escreveu às igrejas no sul da Galácia depois de ter participado de sua plantação durante a primeira viagem missionária para a Ásia Menor. A estreita relação de Paulo com essas igrejas ajuda a explicar o tom extremamente forte que ele teve com eles desde o início da carta. Gálatas mostra um Paulo em meio a sua ira, quando ele arriscou a simpatia dos convertidos nessas igrejas para se certificar de que estavam no caminho da verdade e não sendo levados pelo engano. De fato, para enfatizar a seriedade do seu propósito, ele tomou a caneta do seu escrivão e escreveu no fim da própria carta em letras grandes (Gálatas 6:11).

Qual o contexto?

Ao voltar para Antioquia de sua primeira viagem missionária, depois de dezoito meses na estrada, Paulo recebeu um relatório de que as igrejas que ele havia fundado na Galácia atravessavam momentos difíceis, mais especificamente, que elas tinham caído em erro doutrinário. Um grupo de judaizantes – aqueles que tentaram fazer a vida conforme a Lei Mosaica como uma exigência à fé cristã – ganhou a influência nas igrejas da Galácia. Paulo escreveu a carta alguns meses antes da sua participação no Concílio de Jerusalém em 49 d.C., uma reunião onde os apóstolos tratariam este mesmo assunto (Atos 15:1-30).

Por que esse livro é tão importante?

Em antecipação ao Concílio de Jerusalém, a carta de Paulo fala com sabedoria e clareza sobre a primeira grande controvérsia que assolou a igreja em seus primeiros anos — a relação entre judeus cristãos e gentios cristãos. O tom agressivo de Paulo mostra o quão importante era para ele que as pessoas abracem a unidade em Cristo, não importando suas distinções raciais. Para ele, esta não era uma questão menor, tanto que ele chegou ao ponto de chamar os gálatas de desertores de Cristo, aqueles que se afastaram da verdade para um evangelho diferente daquele que receberam de Paulo (Gálatas 1:6-9).

Qual é a ideia principal?

Quando os gálatas abandonaram tão rapidamente o evangelho da graça que Paulo havia pregado a eles, eles também deixaram clara a sua deslealdade para com a autoridade de Paulo como apóstolo. Portanto, Paulo começou a carta aos Gálatas gastando dois capítulos para defender essa exata questão. Somente no capítulo 3 ele começou a chegar ao âmago do seu erro; ou seja, que esses gálatas procuraram justificar-se pela Lei Mosaica. Em contraste, Paulo apresentou seu argumento de que a justificação vem às pessoas pela fé em Jesus Cristo, e não por suas obras sob a lei.

Parte do problema que confrontou os gálatas veio em um dos argumentos apresentados pelos judaizantes. Esses falsos mestres sugeriram que viver pela graça e na liberdade significava viver uma vida sem lei e, portanto, degenerada. E assim, nos capítulos finais da carta, Paulo deixou claro que a justificação — um ato de graça mediante a fé — não necessariamente resulta em um estilo de vida pecaminoso. Porque os cristãos foram libertos da escravidão da natureza pecaminosa, temos agora o caminho da santidade aberto para nós.

Como colocar em prática?

Infelizmente, o falso ensino trazido pelos judaizantes para as igrejas da Galácia foi extremamente difícil de erradicar, mesmo hoje. Devemos caminhar sobre uma linha tênue — por um lado, não queremos cair no legalismo que os gálatas tanto combateram, mas por outro, não podemos simplesmente viver como se nada acontecesse. O compromisso do cristão com Cristo é baseado no dom gratuito da graça por meio da fé, mas, como Paulo articulou no final de Gálatas, isto também o leva a uma vida de andar pelo Espírito.

O fruto do Espírito é evidente em sua vida, ou você está vivendo segundo a carne e “seus impulsos egoístas” (Gálatas 5: 16-26 A Mensagem)? Muitas vezes nós nos perdemos nos extremos que terminam em uma tentativa legalista de ganhar a nossa salvação ou em uma atitude indiferente sobre o nosso pecado.

Use as palavras de Paulo em Gálatas como um encorajamento para prosseguir em uma vida de santidade, não com sua própria força, mas no conhecimento da graça capacitadora de Deus em sua vida.

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